Polícia revela detalhes da prisão de quadrilha que assaltou ônibus com idosos

Com tudonahora // sidney tenório

O coordenador da Operação Asfixia, da Polícia Civil, Daniel Pinto, revelou, no início da tarde desta segunda-feira (17), detalhes da prisão de integrantes da quadrilha que assaltou um ônibus de turismo na noite do último sábado, num trecho da rodovia BR-101, no município de Messias. Quatro homens foram presos depois de atacar o coletivo que trazia uma turma com 35 pessoas da terceira idade do Espírito Santo para Recife (PE).

Os acusados foram identificados como sendo os irmãos Manoel Santos da Silva e José Francisco Santos da Silva, o "Neguinho", além dos comparsas Edvan Izídio dos Santos e Genivânio da Silva Moraes, conhecido como "Quinha". A prisão ocorreu em um bar na cidade de Messias e nos bairros do Canaã e Jacintinho, em Maceió.

A polícia chegou até o grupo depois que as vítimas reconheceram, por fotografia, o acusado Manoel Santos da Silva. Preso, ele apontou o nome dos demais integrantes do bando. Com eles, foi apreendida grande parte do material roubado das vítimas, como joias, celulares, câmeras fotográficas e roupas.

Os agentes da Asfixia também apreenderam os carros usados no assalto, um Gol, de cor prata, que havia sido locado por Edvan Izídio. "No momento da prisão, ele estava bebendo em um bar na cidade de Messias. Em frente, encontramos o carro usado no assalto", explicou Daniel Pinto.

Tiros e medo

Segundo as vítimas, que prestaram depoimento na Central de Polícia, a ação da quadrilha foi violenta. Para forçar o motorista a parar, os bandidos chegaram a efetuar três disparos contra o para-brisa do ônibus. O condutor e a guia dos turistas ficaram feridos pelos estilhaços do vidro. "Pela direção, os tiros foram dados para matar o motorista", disse o coordenador da Asfixia.

O ônibus e todos os passageiros foram levados para um canavial entre as cidades de Messias e Flexeiras, onde todos foram obrigados a entregar os objetos de valor. As vítimas foram ameaçadas de morte e agredidas pelos assaltantes. Quando os policiais chegaram ao local, os idosos estavam assustados, muitos deles chorando com medo de que os criminosos voltassem.

O delegado geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, destacou o trabalho da Operação Asfixia e disse que a prisão da quadrilha menos de 48 horas depois do assalto foi uma excelente resposta para criminalidade e um ponto positivo para Alagoas, já que o assalto ganhou repercussão nacional.