Perícia revela que incêndio do galpão da Defesa Civil foi criminoso

Com tudonahora // sidney tenório

O Corpo de Bombeiros divulgou, na manhã desta terça-feira (11), o resultado da perícia feita no galpão da Defesa Civil, no bairro de Jaraguá que foi incendiado no dia 28 de dezembro. O laudo assinado por três oficiais revela que o incêndio foi criminoso e provocado por um homem ainda não identificado.

Depois de quase meia hora de explicação sobre como surgiu o fogo, o capitão Bruno Vieira, que coordenou a perícia, mostrou imagens gravadas pelas câmeras da usina Caetés que fica próxima ao galpão. Na cena, aparece um rapaz se aproximando do portão do galpão com uma barra de ferro ou madeira na mão. Ele teria forçado o portão e colocado fogo em roupas.

Depois que ele se afasta do segundo portão do galpão é possível ver, cerca de cinco segundos depois, as chamas que deram início ao incêndio que destruiu mais de 15 toneladas de roupas doadas para as vítimas das enchentes que atingiram municípios alagoanos, além de barracas e caixas de hipoclorito de sódio.

Bruno Vieira, junto com os tenentes Luiz Augusto Medeiros e Martiliano Santos, que também assinam a perícia, revelou que o vídeo foi adquirido cinco dias depois do incêndio e somente veio comprovar o que a perícia já tinha constatado. "Começamos a trabalhar ainda no dia do incêndio. Foi possível ver que havia uma fresta no portão e que o fogo havia iniciado nas roupas que estavam próximas à entrada. Também havia palitos de fósforo no local", frisou.

Cópias da perícia serão entregues ao secretário interino de Defesa Social, Washington Luiz, e ao promotor de Controle Externo da Atividade Policial, Flávio Gomes da Costa, além de serem anexadas aos inquéritos policiais civil e militar que investigam o incêndio. "A identificação do homem que provoca o incêndio está sendo buscada pela polícia", explicou o capitão Bruno.

Ainda durante a entrevista coletiva para apresentar o laudo pericial, o engenheiro da Defesa Civil, José Ferreira Filho, explicou que não será necessário demolir o galpão, já que a estrutura do prédio não foi totalmente danificada. "Apenas duas paredes serão derrubadas e reconstruídas, além de reparos no reboco, parte elétrica e telhado", disse o engenheiro. Ainda não há previsão para o início das obras e o galpão continua fechado.