Professor é encontrado morto dentro de escola da rede estadual

Alunos e funcionários da Escola Estadual Theonilo Gama, no bairro do Jacintinho, estão chocados com a morte do professor de matemática Jailton Joaquim Graciliano, de 42 anos. Ele foi encontrado morto, amarrado com um cinto e com os pulsos cortados dentro do banheiro dos funcionários da unidade de ensino nesta terça-feira, dia 11.

A suspeita é de que o professor tenha cometido suicídio. Pelos primeiros levantamentos realizados por militares do Batalhão de Policiamento Escolar (BPesc), o professor teria se ‘preparado’ para morrer, uma vez que se desfez de objetos pessoais e ainda teria aprovado ontem todos os alunos do terceiro ano do ensino médio da escola. “Ele aprovou todos os alunos, mesmo aqueles que não tinham condições de serem aprovados”.

Segundo funcionários, Jailton chegou à escola por volta das 7h de hoje e às 7h30 foi encontrado morto. Ele estava com os dois pulsos cortados e com o cinto amarrado ao pescoço numa das cabines do banheiro.

Na cena do crime, a polícia encontrou um envelope lacrado e endereçado à direção da escola. Não há informações sobre o conteúdo do material. Ainda na porta do banheiro, foi encontrado colado o documento de identidade do professor e uma lista contendo nomes e contatos telefônicos das pessoas que deveriam ser avisadas sobre a morte dele.

Jailton trabalhava na Escola Theonilo Gama há quatro anos e era muito bem quisto pelos alunos. Ele era considerado ainda ‘misterioso’ entre os alunos, “ele se queixou algumas vezes da falta de amor e existir um lugar melhor”, comentou um estudante. No dia de ontem – ainda segundo os alunos –, ele teria se despedido da turma e informado que ‘estaria indo para um lugar melhor’.

O professor morava com a mãe no José da Silva Piexoto. Segundo o irmão de Jailton, José Joaquim Graciliano, a família está muito abalada com o ocorrido. Ainda de acordo com José, a família teria se reunido no último domingo e, de forma estranha, Joaquim deu todos os seus DVDs para outro irmão. Quando questionado, o professor não justificou a doação.

Na escola as atividades estão suspensas e não há previsão de retorno das aulas. Dezenas de alunos se concentram na porta da unidade escolar. Policiais do 9° Distrito Policial estão no local realizando os primeiros levantamentos na cena do crime. Peritos dos Instituto de Criminalística esão sendo aguardados.