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29/11/2010 17:30:43

Polícia não descarta que nova droga 'Oxi' já esteja circulando em Alagoas


Polícia não descarta que nova droga 'Oxi' já esteja circulando em Alagoas

Com cadaminuto // wadson correia

O ‘oxi’ é a nova preocupação para a polícia alagoana. A droga é fabricada com o subproduto da pasta base de cocaína e vem tomando conta de vários estado brasileiros, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A droga passou a expandir entre os traficantes quando eles perceberam a alta lucratividade na venda dessa droga, pois devido ela causar uma rápida dependência ao usuário, o mercado se tornou intenso e vantajoso.

Ainda não existem dados oficiais sobre a chegada da devastadora droga em Alagoas, mas autoridades de pelo menos seis estados brasileiros já iniciaram o combate ao mal que vem atingindo as diversas camadas da sociedade.

Em Alagoas, a Polícia Rodoviária Federal, apesar do trabalho de fiscalização nos 815 quilômetros de rodovias federais no Estado, ainda enfrenta dificuldades com a entrada das drogas, que a maioria das vezes acontece por meio das estradas vicinais.

O superintendente do órgão, Gibson Magalhães, não descarta a possibilidade do ‘oxi’ já ser consumido em Alagoas, devido à droga ser idêntica ao crack. “Essas drogas são muito semelhantes e o ‘oxi’ pode já está sendo utilizado por usuários em Maceió. Mas até o momento a PRF não apreendeu nenhuma quantidade desse material, no Estado”.

Magalhães explicou que são abordadas 400 pessoas diariamente, nos oito postos espalhados em pontos estratégicos para evitar a entrada da cocaína e produtos derivados. “Realizamos em 24 horas um trabalho ininterrupto para evitar a entrada de entorpecentes. O maior problema que enfrentamos são as estradas vicinais”, revelou.

De acordo com Magalhães, 161 agentes da PRF estão de prontidão e conta com o apoio de cães farejadores de drogas. “Os animais conseguem identificar a cocaína e qualquer produto derivado dela, como o crack, maconha e oxi que por sinal é o mais perigoso, já que faz o usuário ser um dependente com maior rapidez”.

O canil da PRF conta hoje com três animais, apenas um é utilizado em operações, os outros dois estão aprendendo identificar a droga. “Construímos um canil para capacidade de abrigar seis animais futuramente”, falou. Já as BR’s-101 e 104 são algumas das rodovias mais perigosas, onde o trabalho de fiscalização é maior. A 101 é o acesso que vem do Sul do Brasil e a 104 de Recife (PE). O trecho que causa preocupação são rodovias federais no Sertão.

A BR-316 que dá acesso a Pernambuco, através de uma estrada de barro que passa pelas cidades de Canapi e Mata Grande. A outra é o trecho que sai de Água Belas (PE), para a cidade baiana de Paulo Afonso, através da BR-423.

“Quem vem de Neópolis (SE) pode evitar a fiscalização da PRF. A travessia dos veículos é feita na balsa. O motorista pode evitar a BR- 101 e pegar a AL-101 nesse trecho à fiscalização já é do estado”, contou preocupado Gibson Magalhães.

Polícia Civil

Para o delegado de Repressão ao Narcotráfico, Walter Nascimento, policiais do serviço de inteligência estão atentos para evitar que a droga circule no estado. A preocupação maior é que a violência que Alagoas vivencia hoje é motivada pela drogas, principalmente o crack.

“Estamos atentos, sempre fazendo patrulhamento apara evitar a droga principalmente o Oxi que o efeito é devastador. A maioria das mortes está relacionada com a droga”, alertou o delegado.

O que é o “OXI”

Muito parecido com o crack, o nome vem de uma abreviação de oxidado, ele é resultado da substituição do bicarbonato e do amoníaco usados pelos nóias do Centro-Sul, na mistura com o cloridrato de cocaína por querosene e cal virgem, o preço de uma pedra de oxi pode custar de R$ 6 a 10 reais.

Os efeitos são parecidos com o da pedra de crack, porém com uma intensidade menor, fator que leva os viciados a um quadro clínico de “fissura”, termo utilizado pelos viciados, quando um usuário quer utilizar mais entorpecentes a qualquer custo.

No auge da “fissura”, um viciado perde total senso comum, noção de civilidade, se tornando capaz de cometer atos grotescos como homicídio, assaltos e inclusive defecar na própria roupa sem nenhum sentimento de pudor ou vergonha. A droga pode ser consumida misturada com tabaco, cachimbos ou até mesmo em latas de refrigerante e cerveja.

O alto consumo da droga deixa o viciado em extremo estado de pânico, espasmos abruptos de violência e paranóia. Em geral os viciados que já não tem dinheiro para pagar a droga assume dividas que não conseguem cumprir com os traficantes e acabam sendo mortos. O efeito do ‘oxi’dura 4 minutos, o que faz com que o viciado rapidamente volte ao traficante para comprar uma nova pedra.

No momento a devastadora droga já domina os estados da região Norte: Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará. No Nordeste, o oxi já chegou ao Maranhão e é a mais nova ameaça no Piauí.

'OPxi' novo entorpecente



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