AL reduz investimentos em segurança pública

Com alagoas24horas // cláudia galvão

A violência voltou a ser foco em Alagoas após a divulgação do anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nesta terça-feira, 14, em São Paulo. O anuário, que está em sua quarta edição, compila dados sobre despesas com segurança pública, ocorrências criminais, efetivos policiais, presos provisórios, juventude e violência e atuação dos municípios na segurança pública e dizem respeito ao ano de 2009.

Segundo o relatório, Alagoas volta a liderar o ranking de violência, com 63,3 homicídios por 100 mil habitantes. Na outra ponta da tabela está o Estado de Minas Gerais, com 7,1 homicídios por cada 100 mil.

O anuário ainda traz um levantamento que está diretamente ligado ao número de crimes registrados no Estado. Segundo o levantamento, houve uma redução de 96% nas despesas de subfunção. Na prática, isso quer dizer redução nos investimentos de informação e inteligência das polícias. O segmento é sistematicamente citado pelo secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, como principal foco de investimento do governo Tetotonio Vilela Filho (PSDB).

Outra questão apontada pelo relatório diz respeito à situação carcerária em Alagoas. E mais uma vez o estado aparece de forma negativa. Se nos demais estados da federação o índice de presos provisórios (não julgados) é de 45%, em Alagoas esse índice atinge os 60%. O levantamento atesta, ainda, que houve crescimento da ordem 21% da população carcerária em todo o país, contudo, este incremento não é tratado como eficiência policial e sim como saturação do sistema em decorrência da incapacidade da justiça em julgar o contingente de pessoas.

Os dados ainda apresentam os números de crimes absolutos registrados nos últimos dois anos, 2008 (2.064) e 2009 (1998). Todos os dados são baseados em números oficiais do Ministério da Justiça.