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21/11/2010 02:47:39

Comunidades quilombolas e religiosos comemoram Dia da Consciência Negra


Comunidades quilombolas e religiosos comemoram Dia da Consciência Negra

Com gazetaweb // adelaide nogueira e beatriz nunes

A comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra teve início às 4h deste sábado (20), na Serra da Barriga, na cidade de União dos Palmares. A primeira atividade do dia foi a realização de uma cerimônia restrita, onde representantes das comunidades quilombolas e religiosos realizaram uma homenagem aos seus ancestrais. A abertura oficial ocorreu às 9 horas com a colocação de uma coroa de flores, em uma estátua de Zumbi dos Palmares construída na Serra da Barriga, além de uma salva de tiros por homens da Polícia Militar (PM).

O evento que acontece neste sábado é uma ação articulada entre o governo de Alagoas, o governo federal e a prefeitura de União dos Palmares e estima-se que entre as atividade do dia, cerca de 10 mil pessoas circulem pela cidade. Mais de trinta lideranças de comunidades quilombolas e religiosas de várias municípios de Alagoas e do Brasil participam do evento com demonstrações de capoeira, maracatu, orquestra de tambores, oficina de montagens de figurino e confecção de instrumentos musicais.

De acordo com o secretário estadual de Cultura, Osvaldo Viégas, a celebração do Dia da Consciência Negra significa valorização da matriz africana, da religiosidade e da luta do negro Zumbi, que através da sua luta e manifesto teria mostrado a importância do negro no Brasil. “Hoje é um dia de muita dança, música e celebração em homenagem ao Zumbi, mas, desde o dia 03 deste mês estamos realizando atividades que convidam à reflexão sobre a consciência negra. São atividades do mês da consciência negra”, afirma.

Durante a solenidade do evento em União, o diretor do Projeto de Proteção Afrobrasileira e da Fundação Cultural Palmares, Maurício Reis, que na ocasião representava o governo federal, lembrou da existência de duas leis federais que estariam sendo desrespeitadas. Reis fez um apelo à sociedade para a cobrança do cumprimento destas leis.

“Existem duas leis que não estão sendo respeitadas. A primeira é a 10.639, que obriga a escola a inserir no seu curriculum educacional a disciplina ‘História da África’ e ‘Cultura Afrobrasileira’. Muitos colégios não adotam a disciplina porque têm na sua direção coordenadores de outros segmentos religiosos. Peço que as mães, os pais e até mesmo os alunos cobrem das suas escolas a inclusão destas disciplinas”, disse.

A representante dos religiosos, Lindinalva Rodrigues, também aproveitou o evento para pedir às autoridades presentes, a realização de políticas públicas voltadas para a liberdade da cultura negra e o acesso à educação. Manoel Oliveira, coordenador dos quilombolas, também pediu que o governo do Estado tivesse mais empenho para com as comunidades negras e com a educação.



Festa aconteceu na Serra da Barriga



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