União dos Palmares

Com gazewtaweb // assessoria

Os acusados, Militão Sapucaia da Silva Júnior, José Teixeira de Siqueira, Hemerson Gouveia Modesto de Alves e Marcos Antônio Francisco Silva são policiais militares, todos se encontram presos desde 14 de junho deste ano, acusados pela tortura e morte do pedreiro José Antonio dos Santos, 48 anos, ocorrido em 11 de junho, na cidade de União dos Palmares.

O crime causou grande repercussão no estado e a juíza Lorena Carla Vasconcelos Sotto-Mayor, responsável pela 3ª Vara Criminal de União dos Palmares, já havia denegado o pedido de liberdade impetrado no mês de julho.

Quando denegou o primeiro pedido à juíza destacou em sua decisão a periculosidade dos acusados, citando inclusive as palavras de uma testemunha, onde foi narrado que: “ (..) sabe que foi muita pancada e devido a gravidade destas JOSÉ ANTONIO não conseguia se levantar, mas os policiais o pegaram pelos cabelos e o jogaram na mala da viatura;que ao ser jogado na mala da viatura JOSÉ ANTONIO ficou com as pernas para fora e um dos policiais deu um chute nas pernas de JOSÉ ANTONIO, tempo em que o depoente pediu para acomodar JOSÉ ANTONIO dentro da viatura (…)que logo em seguida chegou outro policial e mandou que JOSÉ ANTONIO fosse levado para o hospital dizendo: ‘PEGUEM A VIATURA E LEVEM ELE PARA O HOSPITAL QUE É PARA ELE NÃO MORRER AQUI’; que cerca de cinco minutos depois o médico chamou o depoente e já mo interior da emergência do hospital informou que ao depoente que JOSÉ ANTONIO havia morrido; (…)”.

Desta feita, os advogados do acusados alegaram que seus clientes possuem endereço certo, emprego fixo e não possuem antecedentes criminais, porém a juíza voltou a denegar a ordem ressaltando que: “(...) estão presentes os requisitos da prisão preventiva, além de que a conduta atribuída aos acusados é bárbara, vil, e a prática de tal crime demonstra a periculosidade concreta de seus autores”, rechaçou a juíza em sua decisão.