Com cadaminuto // beto macário
O superintendente da Polícia Federal (PF), Amaro Vieira, admite o vazamento da informação no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, por crime eleitoral e formação de quadrilha, em Santana do Mundaú.
No entanto, ele assegura que tal informação não saiu da instituição que representa: ‘caso seja comprovado, que tenha sido daqui, certamente tomarei as medidas cabíveis’.
Vieira reconhece que sua operação foi comprometida com o incidente. “Nós recebemos os mandados, expedidos pelo juiz Marcelo Tadeu, na sexta-feira às 23h30. Como estava muito tarde, resolvemos segurar um pouco. Com isso, a informação vazou para a imprensa nesta segunda-feira, por volta das 20h. Agora, os quatro envolvidos estão foragidos”, declara.
Entre os quatro envolvidos estão três secretários municipais e um empresário da cidade. Sobre o intervalo de tempo, de praticamente dois dias, o superintendente explica que não tinha o paradeiro dos acusados. “Como os mandados não tinham o endereço, foi preciso investigar, fazer diligências, para localizá-los”, salienta.
Este é o segundo incidente eleitoral, em menos de um mês. O primeiro foi na cidade de Ibateguara, onde a apreensão de santinhos de um candidato não foi divulgada – pela Polícia Civil (PC). Ao ser perguntado, se isso não poderia comprometer a confiança nas instituições que são parceiras – em seu trabalho -, Amaro Vieira foi enfático na negativa.
“Claro que não. Eu confio no trabalho de cada uma delas. Temos pessoas sérias, a frente das instituições, que asseguram o trabalho e o sucesso de cada operação/averiguação de denúncias que envolvam crime eleitoral”, conclui o superintende da Polícia.
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