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Com cadaminuto // beto macário

O desembargador presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas, Estácio Gama Filho, não quis comentar a representação da Frente Popular por Alagoas, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), contra a sua instituição. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem do Cada Minuto, ele preferiu aguardar um posicionamento oficial da chapa: “ele entra de lá que eu entro de cá, com uma representação”, adiantou.

Enquanto isso, o escritório de Brasília da coligação – comandado pela advogada Gabriela Rolemberg – acerta os últimos detalhes para impetrar com a ação. De acordo com o advogado Marcelo Brabo, que presta serviços à ‘Frente’ no âmbito estadual, trata-se de um direito legítimo de quem quer que seja.

“Não estamos tratando, aqui, de uma ação direta do candidato [Ronaldo Lessa (PDT)]. Mas de uma decisão tomada pelos representantes dos partidos, que compõem a coligação. É um direito de qualquer um, mover uma ação como esta”, justifica o advogado.

Brabo revela que não pode dar muito detalhe, sobre o assunto, por não estar cuidando – diretamente – do caso. No entanto dá indícios do que teria motivado tal representação. “De fato, têm algumas decisões contraditórias, mas estamos tratando disso com recursos cabíveis. Acho que esta questão do CNJ vai mais além”, norteia.

O advogado não confirma que a representação se sustente em casos de nepotismo, envolvendo desembargadores do Tribunal – como foi noticiado em primeira mão pelo Cada Minuto. Mas garantiu, qualquer que seja o teor da ‘peça’ estará muito bem fundamentada: com provas, indícios e tudo o que é preciso para formalizar uma denúncia ‘legítima’.
“Eu confiou na Justiça de Alagoas, sei que não haverá qualquer tipo de represália, no entanto, minha fonte é responsável: ela não iria levantar algo que não tivesse de ser considerado”, concluiu Marcelo Brabo.