O governador de Alagoas Teotônio Viela Filho vai lançar mão da Força Nacional de Segurança Pública, caso persista a decisão do Sindipol de fechar IML e delegacias causando transtornos à segurança pública em Alagoas. Após os últimos acontecimentos radicais do movimento grevista, com depredação no Palácio dos Martírios e tentativa de confronto no desfile cívico de 7 de setembro, o próprio ministro da Justiça, Tarso Genro, telefonou ao governador se colocando á disposição para qualquer intervenção que se faça necessária, no sentido de assegurar a ordem no Estado, inclusive disponibilizando tropas de outras instituições de segurança nacional.
A assessoria do governador informou neste final de semana, que, mesmo estarrecido com o ponto a que os grevistas levaram a situação, o governador tem se preocupado em manter aberto o canal de negociação e só não apresentou uma proposta mais próxima à reivindicação porque aguarda recursos do PAC da Segurança Pública que já inclui Alagoas.
O que o governador não quer mais é sentar para negociar com as lideranças que estão tumultuando o Estado, numa atitude de desrespeito total ás forças públicas, o que vem gerando repúdio de todos os setores da sociedade e trazendo temor à população.
Teotônio espera que o movimento indique novos nomes para a negociação, se o interesse for realmente encontrar uma solução para a categoria e não o de criar fatos políticos negativos que levem Alagoas à desmoralização nacional, como vem ocorrendo nos últimos dias.
De acordo com informações ainda da assessoria, não só a questão salarial é foco de interesse do governo, como também a melhoria das condições de trabalho nas unidades da Polícia Civil. Por enquanto, o governador não quer admitir a possibilidade de extinção da Polícia Civil, mas não foi descartada a sugestão que tem partido de diversas instituições de Alagoas. A informação da assessoria é que esse ponto ainda não entrou nas discussões, o que não significa dizer que não venha a ser cogitado futuramente.
por Assessoria
