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29/07/2010 00:00:00

Municipios


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Com aquiacontece // fernando vinicius

“A gente tinha acabado de voltar de uma ocorrência, aí quando chegamos na Unidade de Emergência, um colega chegou pra mim e disse: a casa caiu, vocês só vão trabalhar até o dia 31”. O relato de uma técnica de enfermagem que (ainda) trabalha na unidade descentralizada do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU) revela como nove pessoas contratadas em Penedo souberam da demissão coletiva do serviço essencial.

Passados cerca de 15 dias do recado irônico, os demitidos ainda não foram oficialmente comunicados sobre o fim do contrato de trabalho, conforme informaram os membros da comissão que procurou o Ministério Público Estadual nesta terça-feira, 27. Uma das técnicas declarou ao portal de notícias Aqui Acontece que, diante dessa situação vexatória, apelou ao governador Teotônio Vilela, que esteve em Penedo na última sexta-feira, 23.

Apelo ao governador Teotônio Vilela

“Ele ficou muito preocupado com a nossa situação e disse que iria dar um retorno”, completou a entrevistada que pediu para não ter a identidade revelada. A angústia dos demitidos só aumentou quando eles tentaram saber na Secretaria Municipal de Saúde se havia algum fundamento de verdade na ironia que pegou a todos de surpresa.

Uma reunião foi marcada para tratar do assunto, agenda que acabou cancelada. Contudo, numa conversa sem caráter oficial, alguns dos sete técnicos de enfermagem e dos dois condutores (motoristas com treinamento em socorro) atingidos pelo corte obtiveram a confirmação da demissão, medida seria decorrente da nomeação de pessoal aprovado em concurso, fato que os demitidos aceitam sem questionamento por não terem conseguido êxito no certame.

“A nossa indignação é pela forma como estamos sendo tratados”

“A nossa indignação é pela forma como estamos sendo tratados, sem apoio nenhum e nem comunicado oficial. Além disso, ficamos sabendo que eles vão pegar pessoal dos PSFs, sem experiência em casos de urgência, remanejar para a Unidade de Emergência daqui e pegar quem trabalha na Unidade para colocar no SAMU”, acrescentou outra técnica demitida que também pediu para ter o nome mantido em sigilo.

Os demitidos disseram ainda que os prováveis substitutos no serviço essencial estão participando de capacitação para pode assumir as funções, curso supostamente providenciado após os questionamentos dos servidores despedidos e que teria duração de três meses, período que pedem para serem mantidos no SAMU, conforme solicitação encaminhada ao representante do Ministério Público Estadual.

“Eu não vou enganá-los, se a situação de vocês é irregular, o meu objetivo é de regularizar a situação, por isso houve o concurso. No entanto, eu entendo a preocupação da entrada de pessoal sem a necessária qualificação”, disse o promotor José Carlos Castro, que aguarda o envio de informações da Procuradoria da prefeitura de Penedo para avaliar se é possível atender a reivindicação de permanência dos demitidos até que seus substitutos estejam devidamente qualificados para atuar no SAMU.

 



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