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13/07/2010 00:00:00

Municipios


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Com tudonahora // Fonte ascom-SESAU-Al

O combate à esquistossomose tem sido intensificado em Alagoas desde o início deste ano, principalmente nos 70 municípios que ficam nas bacias dos Vales do Mundaú e Paraíba.

Uma equipe da Gerência de Agravos não Transmissíveis e Fatores Ambientais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tem percorrido as cidades, orientando os gestores municipais a viabilizarem ações voltadas para identificação dos casos e tratamento dos portadores da doença.

Segundo o gerente de Agravos não Transmissíveis e Fatores Ambientais, Charles Nunes, com as enchentes que atingiram Alagoas, em especial os municípios que margeiam os rios Mundaú e Paraíba, surgem duas preocupações. “A primeira com a disseminação dos caramujos que transmitem a doença e devem ter se espalhado para outras localidades e, a possibilidade de surgimento de formas agudas de esquistossomose”, explicou.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), conforme destacou Nunes, mostra que as microrregiões 9ª, 10º, 11ª e 12ª, localizadas entre os rios Mundaú e Paraíba, são as que mais apresentam casos da doença e de óbitos. “Isso se deve porque o rio é o espaço usado para lavar roupa, pratos e ainda é uma área de lazer dos moradores”, informou.

Nesses municípios do Vale do Mundaú e Paraíba, Charles Nunes explicou que nas áreas que foram devastadas pela enchente é importante que não voltem a reconstruir casas, para impedir que os dejetos sejam jogados, o que irá contribuir para o controle da doença.

As cidades onde tem maior prevalência da doença são Capela, Santana do Mundaú, São Luís do Quitunde, São José da Laje e Quebrangulo.

Transmissão

A esquistossomose é uma doença causada por vermes parasitas, como Schistosoma mansoni, Schistosoma Haematobium e Schistosoma japonicum. Em todo o mundo, 200 milhões de pessoas são infectadas. Os parasitas podem penetrar na pele das pessoas que estão se banhando ou nadando na água contaminada de lagos, canais ou rios.

Em semanas, o verme cresce dentro dos vasos sanguíneos da pessoa e produzem ovos, que chegam até a bexiga ou intestinos e são passados para a urina ou fezes.

Sintomas 

Na fase aguda, a doença pode apresentar febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia. Em alguns casos o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho. Na forma crônica a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, e pode aparecer sangue nas fezes.

Além disso, o paciente pode sentir tonturas, dor de cabeça, sensação de plenitude gástrica, coceira no ânus, palpitações, impotência, emagrecimento e endurecimento do fígado, com aumento de seu volume. Nos casos mais graves da fase crônica o estado geral do paciente piora bastante, com emagrecimento e fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d´água.

 



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