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03/09/2007 00:00:00

Polícia


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O juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, disse – agora há pouco, em entrevista ao programa Plantão Alagoas, na TV Alagoas – que pretende pedir intervenção federal na segurança pública do Estado, em reunião com o Ministério da Justiça.

Tadeu briga por uma audiência com o ministro Tarso Genro para relatar a situação vivenciada em Alagoas, principalmente no que diz respeito aos crimes de mando no Estado. “Estou tentando esta audiência para mostrar a inércia das nossas instituições, que é a grande motivação para a criminalidade em Alagoas. Chega de covardia”, destacou o magistrado.

Marcelo Tadeu – que sempre tem assumido posturas polêmicas, entre elas das progressões de penas – argumentou que a lei em Alagoas só tem servido para “pé rapados” e que “quando o crime é fomentado por pseudo-autoridades, as instituições arrefecem diante do fato”

“Chega desta coisa de só combater homicídios de brigas de bar. Eu mesmo me questiono até que ponto o aumento da criminalidade, por exemplo, tem haver com os reeducandos que deixam o presídio por decisão de Vara de Execuções Penais. Eu até pedi um relatório sobre isto”, salientou.

De acordo com Marcelo Tadeu, a intervenção federal se faz necessária porque as instituições se acovardam diante de determinadas investigações. Ele citou ainda como exemplo a morte do policial militar Emanuel Guilhermino da Silva, o Fininho, supostamente vítima de “queima de arquivo”.

“É impossível melhorar a situação deste Estado enquanto não enfrentarmos as questões mais profundas”, avalia o juiz. Marcelo Tadeu destaca que é necessário investigar profundamente os crimes de mando e de queima de arquivo no Estado. “Eles eliminam provas e fica sem possibilidade de apurar”, destacou.

Durante a entrevista, Marcelo Tadeu relembrou os diversos casos de crimes não resolvidos em Alagoas, onde autoridades são postas como suspeitas. “Há uma grande rede”, concluiu. “A sociedade pergunta onde estão as autoridades deste Estado. Não precisa ser nenhum especialista para perceber isto”, arrematou.

“Só se atua em casos de pé rapados. Só tem pé rapado na cadeia”, complementou ainda. Marcelo Tadeu finalizou a entrevista colocando que é pernambucano, mas que adora Alagoas. “Eu adoro esta terra, mas chega um ponto que a gente perde a esperança. Isto causa desmotivação e talvez esta esteja no inconsciente de autoridades que até pensam em denunciar, mas no fim acomodam por saber que a coisa não vai em frente, ou por medo, ou porque sabem mesmo que não funciona”, finalizou.

Com alagoas 24 horas // Luis Vilar



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