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22/08/2007 00:00:00

Polícia


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O golpe dos documentos clonados faz cada vez mais vítimas em Maceió. Recentemente, a jornalista e advogada Mônica Calazans descobriu que, mesmo sem ter tido os documentos roubados, os criminosos conseguiram pegar os dados pessoais dela e requisitaram cartões de crédito, deixando a com a dívida de mais de R$ 20 mil.

Tudo começou há quase três meses, quando Mônica Calazans foi pagar a fatura mensal da loja C&A e notou que o valor cobrado era quase quatro vezes maior do que as compras que ela havia feito. Pensando ser um erro da loja, a jornalista pediu uma nova conta e descobriu que duas pessoas clonaram os dados pessoais dela e acrescentaram um novo dependente ao cartão.

A jornalista viu que o endereço dela foi mudado para um bairro da periferia de Maceió e, em apenas um dia, os criminosos fizeram saques e compras, totalizando mais de R$ 9 mil.

Dias depois, Mônica Calazans notou que a mesma fraude foi efetuada no IBI Card – cartão de crédito vinculado a C&A –, no Unicard Unibanco e também no Hiper Bompreço e no Banco do Brasil. Em todos esses locais, o método utilizado pelos criminosos foi o mesmo – troca de endereço e inclusão de dependentes.

Investigação

Entre idas e vindas à Delegacia do 2º Distrito Policial, onde denunciou os casos, a jornalista fez cinco Boletins de Ocorrência. Outra medida tomada foi o ingresso com uma ação por danos morais e materiais na Justiça, contra as administradoras, lojas e financeiras.

“Os transtornos não são apenas financeiros mas emocionais, devido ao constrangimento pela cobrança ou por ter o nome negativado. Fica notório que as lojas e administradoras de cartões de crédito não têm o menor critério para fornecer esses cartões, já que simplesmente modificam endereços, telefones, acrescentam dependentes e até permitem saques exorbitantes sem nenhuma comprovação”, afirma.

Mesmo com o caso nas mãos da polícia, há cerca de uma semana, a jornalista recebeu duas novas cobranças de dívidas e soube que o nome dela foi incluído na Serasa e no SPC, como devedora do Banco IBI, responsável pelos cartões IBI Card, IBI Cred e C&A.

Dicas de segurança

O último delegado que assumiu a Delegacia de Defraudações, José Edson, explica que esse tipo de crime é comum e diz que é necessário que as pessoas tomem mais cuidado com os documentos.

José Edson conta que muitas vezes os criminosos conseguem informações pessoais por sites e bancos de dados, já que muita gente se cadastra em sites pela internet e fornece dados pesoais sem necessidade.

“Quem descobrir que caiu nesse golpe deve imediatamente comunicar o fato ao delegado do bairro, formalizar a ocorrência para que possa ser comprovado que alguém está utilizando o nome ou cartão da vítima”, alertou, acrescentando que isso também é necessário para ter o valor cobrado restituído.

Em relação à inclusão do nome no SPC e na Serasa, o delegado diz que, na maioria das vezes, é necessária uma ação judicial para que a vítima possa sair do cadastro de inadimplentes.

Com alagoas 24 horas // Elaine Rodrigues



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