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17/08/2007 00:00:00

Saúde


Saúde

Um misto de tristeza, ansiedade, revolta e, acima de tudo, desespero. Assim foi o ato público realizado na manhã de hoje em frente ao Hemocentro de Alagoas, que marcou a despedida dos hematologistas e neurocirurgiões, que pediram demissão há um mês – o prazo legal se encerra neste domingo.

Acorrentados, os médicos deram depoimentos pessoais emocionados sobre suas carreiras e narraram as dificuldades enfrentadas para desenvolver as atividades pertinentes às suas profissões em Alagoas.

O ato contou, também, com a presença de estudantes de medicina, além de pacientes crônicos, que emocionaram o público presente pedindo uma solução para o impasse entre os médicos e Governo do Estado.

Os médicos, que já estão a par da decisão do juiz Kléver Loureiro, que proíbe a demissão nos próximos 80 dias – estão dispostos a continuar com a greve e com as demissões. Na manhã de hoje, o secretário de comunicação, Eduardo Lobo, disse que o Governo do Estado ainda não pretende pedir prisão de médicos, caso seja descumprida a decisão judicial, mas que é algo que não está descartado.

Além dos 16 hematologias e neurocirurgiões, mais de 200 médicos também já protocolaram o pedido de demissão. O presidente do sindicato dos Médicos, Wellington Galvão, disse – durante assembléia da categoria – que o pronunciamento feito pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) – no final da manhã de ontem – tentou jogar os médicos contra a população e teve efeito contrário.

Vilela, diante da crise da Saúde, que não se resolve, voltou a afirmar que o Governo só pode conceder 5% de aumento e não os 50% desejados pelos médicos e pediu – “humildemente” – que estes voltassem ao trabalho, por possuírem responsabilidades com a sociedade. Teotonio Vilela disse, ainda, que a greve pode possuir motivações políticas.

Na noite de ontem, o Governo de Alagoas chegou a apresentar uma proposta de 7,5%, sendo que os 2,5% complementares seriam dados em janeiro. A categoria negou a proposta.

Perguntado sobre o Plano B que o governo diz ter, o presidente do Sinmed, disse que “o Plano B do Governo são as ameaças e intimidações jurídicas”. O sindicalista voltou a afirmar que o caos irá se instalar na saúde pública de Alagoas dentro de alguns dias.

Com alagoas 24 horas // Cláudia Galvão e Luis Vilar



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