Inconformados com o duplo homicídio cometido por Adriano José da Silva Santos, 25 anos, a própria família do acusado teria ajudado a polícia a encontrá-lo, operação que teve fim por volta das 13h de hoje, com a prisão e morte de Adriano, que trocou tiros com policiais militares e civis.
Adriano José era acusado de estuprar e matar a empresária Laura Regina de Melo Correia Ramos, 27 anos, filha do proprietário do Depósito de Construções Praia Norte, em Sauahçuy, e a funcionária Ana Maria dos Santos, 21, que era sua cunhada. O crime foi presenciado pela filha de Laura Regina, de apenas 10 anos, que foi presa no banheiro do depósito.
Segundo o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar, major Edenilzo, desde a última sexta-feira a polícia vinha recebendo denúncias anônimas e orientações dos parentes de lugares que poderiam servir de esconderijo para o estuprador.
Ainda ontem, os policiais desencadearam uma operação, após a denúncia de que Adriano estaria na casa do seu pai, em Paripueira, mas a prisão não se concretizou. No começo da tarde de hoje, no entanto, a polícia foi informada que Adriano estaria se escondendo na propriedade onde sua avó reside e trabalha, conhecida como Fazenda Maria Angar, localizada na Barra de Santo Antonio.
Após receber a informação, duas viaturas da Polícia Civil e 20 homens da 3ª Companhia e do Bope se dirigiram para a localidade. Adriano José foi surpreendido em um canavial da região e após perceber a presença da polícia reagiu em um confronto direto e foi ferido gravemente.
Durante a ação, Adriano chegou a deflagrar quatro tiros em direção aos policiais, mas nenhum ficou ferido. Após a prisão, o major Edenilzo optou por levar o ferido para o posto de saúde de Paripueira, devido à proximidade, mas o acusado sequer chegou a receber atendimento e morreu no local.
Neste momento, centenas de pessoas se aglomeram na porta do Posto de Saúde Raquel Vasco, em Paripueira, para acompanhar a remoção do corpo de Adriano José, que deverá ser trazido para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, em Maceió.
Segundo o major Edenilzo, será lavrado um termo de resistência e o corpo de Edenilzo será liberado. Ainda não há informações oficiais sobre quantos tiros atingiram Adriano José durante a ação policial.
Adriano José era funcionário do Depósito Praia Norte e no dia do crime teria alegado estar sentindo uma forte dor de cabeça. Preocupada, Laura Regina teria permitido a entrada do acusado para tomar medicamento.
Aproveitando-se do fato, o bandido teria violentado e matado a comerciante e posteriormente Ana Lúcia, que era sua cunhada. A única sobrevivente da tragédia foi a filha de Laura Regina, de apenas 10 anos, que foi trancada em um banheiro do depósito.
Além do duplo homicídio, Adriano José responde a um outro processo por tentativa de estupro, ocorrido em 2001.
Com alagoas 24 horas