Política

O usineiro João Lyra reafirmou nesta segunda (13), em entrevista ao “Jornal Nacional”, que manteve uma sociedade secreta com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para comprar uma rádio e um jornal em nome de “laranjas” (terceiros).

Lyra já tinha falado à revista “Veja” sobre os supostos negócios que fez com Renan usando “laranjas” e confirmou a sociedade. O senador nega a negociação e afirma que as acusação são parte de uma "campanha eleitoral" contra ele.

“Eu fui sócio do senador Renan numa rádio e num jornal. Ele pediu que não aparecesse. De minha parte, não tinha problema nenhum e qualquer pessoa ia entender que não ficava bem ele estar participando assim de uma sociedade”, disse.

Lyra não soube dizer de onde vieram os recursos de Renan, mas confirmou que houve pagamentos em dinheiro vivo. “O pagamento era quase sempre feito em reais, mas teve alguns dólares também”, disse.

O usineiro disse que não tem como provar a sociedade com Renan. “Na verdade, eu não tenho documentação nenhuma, não especulei nessa área”.

O corregedor do Senado pretende ouvir o usineiro João Lyra nesta semana. O processo para saber se Renan quebrou ou não o decoro parlamentar nos negócios em comunicação, também deve ser aberto ainda nesta semana.

O segundo-vice presidente do Senado, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), disse nesta segunda-feira (13) que dificilmente a Mesa Diretora recusará o pedido de novo processo contra o presidente da Casa. "Não vejo chance de não passar. Será uma mera formalidade, sem analisar o mérito", disse.

Fonte: G1