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08/08/2007 00:00:00

Polícia


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Os policiais civis em greve há mais de uma semana entregaram hoje todas as viaturas dos Distritos Policiais de Maceió à Direção Geral da Polícia Civil de Alagoas. O ato é simbólico para comprovar a paralisação das atividades e pressionar o Governo do Estado a abrir para negociações.

A categoria cobra equiparação salarial com os peritos e melhores condições de trabalho, entre elas, a retirada dos presos das delegacias e transferência para o sistema prisional de Alagoas.

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civil (Sindpol), todas as delegacias estão com as atividades paradas e apenas registrando os flagrantes encaminhados pela Polícia Militar. Para o dirigente do sindicato, José Carlos, o Governo até o momento não acenou com nenhuma proposta de negociação e, por este motivo, a greve continua.

Amanhã, a categoria participa de uma grande manifestação – programada para às 9h – na praça Sinimbú. O ato é a primeira ação da unificação dos movimentos grevistas do Estado, proposto pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) na última segunda-feira.

A categoria planeja ainda uma outra manifestação nacional, envolvendo todos os policiais civil do Brasil, onde haverá um Marcha à Brasília no mês que vem. A manifestação é para cobrar a equiparação salarial de toda a categoria, tomando como base o piso salarial do Distrito Federal, que é de R$ 6mil.

A greve dos policiais civis já dura mais de uma semana e já atinge todas as delegacias da capital e do interior do Estado. Serviços como registro de ocorrência, diligência policial e transferência de presos estão suspensas. A categoria mantém apenas em funcionamento o registro de flagrante delito encaminhado pela Polícia Militar para as Delegacias.

Em União dos Palmares

Em greve desde primeiro de agosto, policiais civis lotados em União dos Palmares decidiram fechar as portas de 3º Delegacia Regional de Policia desde a ultima quinta feira, oportunidade em que o atendimento ao público foi encerrado, informou na manhã desta quarta (8) o delegado da Adepol para a Zona da Mata Alagoana Milton Julião.

 

O policial informou que somente estão sendo atendidos os casos caracterizados como crime contra a pessoa, e diuturnamente em sistema de revezamento um agente civil se encontra nas dependências da delegacia a disposição dos 11 presos da Justiça que estão recolhidos na carceragem da regional onde funciona também o 11º Distrito Policial.

 

Em conseqüência do movimento classista, a comunidade já demonstra certa preocupação e medo, pois os agentes da lei literalmente não têm aparecido nas ruas, mesmo se tendo conhecimento que o policiamento ostensivo é função da Policia Militar, mesmo porque já existem registro de violência na região como ocorreu no domingo na cidade de Santana do Mundaú quando uma quadrilha fez um arrastão e deixou a população em polvorosa.

 

Milton Julião disse “o movimento paredista está atingindo todos os municípios da região, sem exceção. Sabemos perfeitamente que o fato causa preocupação aos que necessitam de nossos serviços, mas o serviço essencial está mantido em respeito à sociedade. Não temos previsão para encerrar a greve, pois acredito que isto somente se dará quando nossas reinvidicações em nível de estado foram totalmente atendidas pelo governo. Pelo menos esse é nosso posicionamento no momento”.

 

Na Delegacia Regional de União dos Palmares e o Distrito Policial, são lotados entre escrivães, agentes e delegados 18 policiais.

 

Da Editoria – Antonio Aragão

 

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