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08/08/2007 00:00:00

Maceió


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A sala de recursos humanos foi uma das primeiras que foram interditadas. O piso está cedendo e agora o local está servindo para guardar cadeiras que não são mais usadas. A sala do lado é a biblioteca, onde as estantes estão bastante inclinadas, a ponto de cair a qualquer momento. Ainda há vazamentos e a parede tem rachaduras que permitem a passagem para a próxima sala, onde uma turma estava tendo aula de informática.

Essa é a situação da parte administrativa da Escola Fazendária, onde também são ministradas aulas e realizados encontros. Do outro lado, na parte de atendimento ao contribuinte, ainda há caixas eletrônicos, local para armazenamento de documentos fiscais e, a estimativa dos funcionários (cerca de 200) é que eles recebam cerca de 300 contribuintes por dia.

“Essa estrutura arrisca a vida desses trabalhadores e dos visitantes. Desde o ano passado, nós denunciamos o risco e até a insalubridade nesse local. Na parte do arquivo, os funcionários usam máscaras e o cheiro chega a ser insuportável”, revelou Olga Miranda, presidente do Sindicato dos Fiscais de Alagoas.

A situação também é ruim nas salas onde funcionam a direção de Mercadoria e Trânsito, Fiscalização e Cadastro. O piso está desgastado e, em algumas partes, está apenas cobrindo grandes buracos na estrutura do local.

“Teve uma vez que eu arrebentei minha sandália, quando ela se prendeu no piso da entrada da sala de atendimento”, disse uma funcionária. Outros trabalhadores revelaram o medo de ficar no local de trabalho, próximos a rachaduras.

Vistoria

Informações dos funcionários são de que o prédio da Escola Fazendária terminou de ser construído em 1999 e começou a funcionar em 2000. Atualmente, cerca de 200 funcionários trabalham no local, que chega a receber até mil contribuintes por dia – principalmente os dias 15 e 20, considerados de maior movimento.

Por causa de denúncias dos funcionários, uma vistoria técnica dos Bombeiros foi realizada há cerca de quatro meses. O documento revela que a estrutura da Escola Fazendária causa risco de vida, além de prejuízo por possíveis danos materiais.

“O referido imóvel apresenta vários indícios de acomodação de solo e vícios construtivos, como sendo rachaduras em paredes, declive significativo e rachaduras nos pisos, vários planos de vidros na fachada trincados e infiltrações”, cita o documento.

“Fica caracterizado a possibilidade de sinistro, em conseqüência da situação identificada, que venham a acarretar prejuízos vitais e/ou materiais à integridade física de seus funcionários, e o público que ali se encontra”, finaliza o relatório.

No entanto, meses depois da expedição do relatório, funcionários e contribuintes continuam no local, que ainda guarda documentos fiscais, como comprovação de ICMS e IPVA, além de notas fiscais.

Com alagoas 24 horas // Elaine Rodrigues

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