Há 72 dias em greve, os médicos da rede pública de saúde protestam mais uma vez nesta manhã contra a falta de negociação do Governo do Estado. A manifestação acontece em frente à Maternidade Santa Mônica, onde cerca de 80% dos médicos lotados naquela unidade já assinaram o pedido de demissão coletiva.
A terceira lista de médicos aderindo à demissão coletiva deve ser entregue nesta sexta-feira caso o Governo não retome as negociações com a categoria. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Wellington Galvão, o Governo até o momento não tentou retomar as negociações e continua despreocupado em resolver o problema.
“Nosso limite é sexta-feira. Apenas nesta nova lista de demissões 80% dos médicos da Santa Mônica estão inclusos e no prazo de 30 dias, a contar do dia da entrega do pedido de demissão, os profissionais vão parar de trabalhar. Queremos que o Governo tente solucionar o problema, mas até o momento nada”, explicou Galvão.
A primeira lista de demissionários foi entregue à Secretaria de Gestão Pública no dia 19 de junho, com a assinatura de 17 profissionais entre eles os oito hematologistas - lotados no Hemoal - e mais nove neurocirurgiões. Na semana passada, mais 150 pedidos de demissão foram protocolados na secretaria, onde aderiram profissionais de diversas especialidades médicas.
A manifestação desta terça-feira conta ainda com o presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, Roberto Tenório, que alegou que o problema na rede pública de saúde é nacional. Em Pernambuco, os médicos também estão com as atividades em reivindicação por melhores salários e condições de trabalho.
A partir de amanhã os profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF) paralisam as atividades por 48 horas em todo o Estado. A paralisação é em apoio ao Sindicato dos Médicos.
Um ato dos profissionais do PSF está programado para amanhã às 14 horas, no calçadão do Comércio de Maceió.
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