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06/08/2007 00:00:00

Política


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O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito nesta segunda-feira (6) para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), suspeito de ter despesas pessoais pagas por um lobista. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.

O ministro Ricardo Lewandowski será o relator do inquérito. Caberá a ele determinar ou não a realização de diligências pedidas pelo procurador. Concluída a fase de investigação, o ministro vai encaminhar ao procurador o inquérito.

Antonio Fernando, então, decidirá se há indícios para apresentar denúncia contra Renan. Se ele apresentar a denúncia e o Supremo aceitá-la, abrirá ação penal contra o presidente do Senado, que passará a ser réu. Não há prazo para a conclusão do inquérito.

Laranjas

Nesta segunda-feira, o procurador disse que a investigação pode incluir também o suposto uso de laranjas na compra de meios de comunicação em Alagoas, segundo revelou reportagem da revista Veja.

"Eu já pedi ao Supremo abertura de inquérito para apurar fatos que são objeto da representação em curso no Conselho de Ética do Senado”, disse Antonio Fernando de Souza.

O procurador solicitou o encaminhamento de todo o material que está no Conselho de Ética e também a perícia da Polícia Federal (PF) em documentos de Renan. Ele ressaltou que a decisão do MP não invalida a investigação em curso no Senado.

“A iniciativa que tomei tem o objetivo de esclarecer essa questão sob a perspectiva penal sem nenhuma interferência sobre o que vai ser decidido no Senado”, declarou.

 Outro lado

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), minimizou o pedido de abertura de inquérito. Renan afirmou que ele próprio pediu essa investigação ao procurador.

"Eu pedi ao procurador-geral que fizesse a investigação há mais de 15 dias. Eu mandei uma carta a ele para que abrisse a investigação. Para que eu pudesse demonstrar a verdade", disse Renan.

 Pressão da oposição

O Democratas decidirá nesta terça-feira (7) que tipo de pedido entregará ao Conselho de Ética contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL): uma nova representação sobre as recentes denúncias da revista "Veja" ou apenas um aditamento (anexar as denúncias ao processo atual) ao processo que ele já responde no órgão pela acusação de receber ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.

O Democratas também decidirá qual postura tomará nas votações em plenário a partir de agora. Se depender do líder do partido, os senadores do DEM deveriam abandonar qualquer sessão com Renan no comando.

 O PSOL também quer que o caso seja apurado e estuda pedir ao conselho um aditamento.

O PSDB define também nesta terça a posição que tomará a partir de agora. "A situação se agrava e vai sendo corroída. A cada dia tem algo novo", disse o líder tucano Arthur Virgílio (AM).

Com G1

 



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