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21/02/2010 00:00:00

Municípios


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com gazewtaweb // janaina ribeiro

Onze detentos que estão custodiados na delegacia de Capela, Zona da Mata de Alagoas, fizeram um princípio de tumulto, no final da tarde deste domingo (21), depois que um colega de cela bebeu água sanitária, passou mal, e o único agente de plantão saiu e deixou a delegacia fechada. Colchões e papéis foram queimados para chamar a atenção de pessoas que passavam pela Rua João da Rocha Acioly, s/nº, no Centro da cidade.

De acordo com José Rangel Ataíde Wanderley, delegado regional de Viçosa – que abrange o município de Capela, o policial identificado como Estênio é o plantonista do dia, teria fechado a delegacia sem comunicar à chefia e deixado os presos sem vigilância. “Ele é acostumado a fazer isso. Amanhã mesmo vamos abrir um processo administrativo contra a sua pessoa. Esse policial poderá até ser expulso da Polícia Civil”, informou a autoridade policial.

Preso tomou água sanitária

O detento conhecido com Lucas, de idade e sobrenome ainda não revelados, bebeu um litro de água sanitária dentro da cela e passou mal. Segundo José Rangel, há suspeitas de que o preso queria se suicidar. "Ele começou a passar mal logo depois de ter tomado a água sanitária. Então, os demais detentos começaram a gritar e pedir socorro. Foi quando perceberam que estavam sozinhos. A alternativa que lhes restaram foi queimar colchões, papéis e outros objetos para que a fumaça pudesse atingir a rua. Só assim a Polícia Militar foi acionada e precisou arrombar a porta da delegacia para poder saber o que, de fato, realmente estava acontecendo", explicou o delegado.

O delegado plantonista deste domingo, Laurentino Veiga, esteve em Capela. Ele confirmou que a PM arrombou a porta da delegacia para poder entrar. "Nós entramos, socorremos o preso e o encaminhamos ao hospital da cidade", disse Veiga.

Lucas foi levado para o Hospital Dr. José Vânio de Barros Moraes. Lá, ele foi atendido e passou um procedimento de lavagem estomacal.

Já o policial Estênio, até às 17h30, ainda não havia voltado para a delegacia. "Acho até que ele nem sabe do que aconteceu e nós não sabemos por onde ele anda", alfinetou José Rangel.


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