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09/02/2010 00:00:00

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com tudonahora // carlos madeiro

O secretário de Estado de Defesa Social, Paulo Rubim, afirmou nesta terça-feira que não acredita que os policiais civis entrem greve durante o Carnaval. “Eu não acredito que eles vão chegar ao ponto de colocar a sociedade em risco para provocar o governador. Acho que eles vão refletir a decisão que eles estão tomando”, declarou.

Embora afirme acreditar no “bom senso” dos policiais, Rubim anunciou que, caso a greve realmente ocorra, vai solicitar o retorno da Força Nacional de Segurança ao Estado. “A sociedade pode ter certeza que toda manifestação que colocar a sociedade em risco eu vou ficar do lado dela. Todos sabem que temos um bom relacionamento com o Ministério da Justiça e, se for o caso, a gente vai trazer a força Nacional. Mas eu não quero fazer isso porque eu sei que a motivação não é essa; queremos ficar ao lado dos policiais civis para tentar resolver a situação deles”, declarou.

Em assembleia nesta segunda-feira, o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) anunciou que a categoria decidiu paralisar as atividades durante os quatro dias de Carnaval. Entre as reivindicações dos policiais estão o reajuste salarial, a saída do delegado-geral Marcílio Barenco e o funcionamento das delegacias por 24 horas, com o retorno da escala de plantão.

Apesar de faltarem apenas quatro dias para o Carnaval, o secretário garantiu que é possível trazer a Força devido à dificuldade que a situação impõe à sociedade. “Eu acredito que é possível; é uma questão de emergência. Eu já pedi a presença da Força, ela já vinha, e eu pedi para o governador, há poucos dias, que ela não viesse porque eu acredito na Polícia Civil, eu sou chefe deles. Eu acredito na minha polícia. Seria desnecessário. Mas, se for o caso, sem dúvida vamos trazer”, assegurou.

Ato irresponsável


O secretário afirmou que uma greve num momento de milhares de turistas estão no Estado seria ato irresponsável. “Num momento de paz, eu serei o porta-voz deles, mas quando é uma situação de crise, que pode gerar um fato social desnecessária, ainda mais em época de festa, e Alagoas - Maceió principalmente - vive do turismo, a cidade ta lotada, eles têm que entender não é com essa motivação que eles vão receber aumento. Esse trabalho de salário é de Estado, uma questão trabalhada. Eles sabem disso. O governador nunca disse que não ia dá, só que não podia agora. Em lugar nenhum do mundo se aceita. E os interesses do cidadão, dos comerciantes, dos mesários, do cidadão que vem se divertir, onde ficam? Eles vão refletir e eles não vão chegar a essa situação”, assegurou.

Rubim ainda declarou que vê interesses partidários na manifestação dos policiais, além da “reivindicação justa” de reajuste salarial. “A sociedade vai ver duas coisas nisso: o interesse partidário e a outra é reivindicação de salários. Eu fui o primeiro a pedir que fosse feito um plano de cargos e salários, para se dar uma carreira mais digna, porque hoje eles ganham aumento depois de uma greve violenta, depois passam três, quatro anos sem ganhar. Tudo esta sendo encaminhado para resolver, não só deles, mas dos agentes penitenciários, pessoal da Perícia Forense, toda estrutura da segurança pública”, afirmou.

O secretário ainda disse que estava à disposição para negociar com o Sindpol. “Sempre estive disposto. Mas eu acho que não é dessa maneira, de hoje para amanhã, que vai se resolver. Até porque a greve é ilegal. Se acontecer a greve, o desconto do salário vai acontecer e as medidas legais vão acontecer”, disse.



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